Fala em Adultos

“Tenho 26 anos e não digo o som L e por isso torno-me tímido…”

“Tenho doença de Parkinson e por isso às vezes não percebem o que eu digo”

Perturbação Articulatória em Adultos

As perturbações articulatórias normalmente são resolvidas na infância, se por algum motivo não foram resolvidas nessa fase podem ser resolvidos na idade adulta. Os sons normalmente mais afetados são o l (ex. laca), s (sapato), r (prato).

Também existem alterações articulatórias em adultos com causas orgânicas, nomeadamente pela remoção de tumores na língua, lábio, mandibula, palato duro, palato mole ou maxila.

Nestes casos o Terapeuta da fala ajuda o paciente a habituar-se com as alterações da sua boca após a cirurgia, quimioterapia ou radioterapia. O Terapeuta da Fala também ensina o paciente a emitir sons de forma mais percetível.

Dependendo da área que foi removida o paciente também poderá apresentar alterações de deglutição (linkar para alimentação adultos), o tratamento para alterações de deglutição pode incluir a alteração da consistência dos alimentos que o paciente irá comer e também poderá necessitar de utilizar diferentes posições da cabeça ou formas de engolir que facilitem este processo.

Disartria

A disartria é uma perturbação motora da fala de origem neurológica que se caracteriza por uma fraqueza muscular dos músculos que envolvem o ato de falar (língua, bochechas, palato, lábios, cordas vocais.).

As principais características da fala dos pacientes com disartria são:

  • Discurso “arrastado” ou “murmurado” que pode ser difícil de entender;
  • Fala lenta;
  • Fale suavemente;
  • Dificuldade em movimentar a língua, lábios e mandíbula;
  • Fala robótica ou agitada;
  • Fala com mudanças na sua voz. A voz pode parecer rouca ou ofegante;
  • Voz nasalada ou anasalada.

 Causas da disartria

Dano cerebral causa disartria. Pode acontecer no nascimento ou após uma doença ou lesão:

  • Tumores;
  • Parkinson;
  • Esclerose lateral amiotrófica;
  • Doença de Huntington;
  • Esclerose múltipla;
  • Paralisia cerebral;
  • Distrofia muscular;
  • AVC;
  • Traumatismo Craniano.

A intervenção do Terapeuta da fala dependerá do tipo de disartria do paciente, ele terá alguns objetivos gerais de intervenção:

  • Melhorar o controle respiratório para o paciente conseguir falar mais alto.
  • Fortalecer os músculos da boca;
  • Aumentar os movimentos dos lábios e da língua;
  • Melhorar a articulação verbal;
  • Utilizar outras maneiras de comunicar, como gestos, escrita ou utilização de computadores.

O Terapeuta da Fala também deve trabalhar com a  família e amigos do paciente para ajudá-los a aprender formas de conversar e entender o paciente com disartria.

 

Sinais de alerta

 

Dificuldade em perceber o que é dito;

Dificuldade em nomear e identificar objetos/imagens;

Dificuldade em ler palavras, frases e textos;

Dificuldade em comunicar através da fala, escrita ou gestos;

Lentidão da fala;

Diz uma palavra, mas quer dizer outra;

Tem dificuldade em compreender frases simples e/ou complexas;

Não percebe o que lê.


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